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Movimento Lésbico-Feminista e Chanacomchana

Como já vimos em um post anterior, o Grupo Somos surgiu em São Paulo, em 1978, formado majoritariamente por homens gays mobilizados para reivindicar tratamento igualitário com heterossexuais e obtenção de direitos civis e sociais.

Em fevereiro de 1979, mulheres lésbicas passaram a fazer parte do Somos e se integraram às ações e atividades do grupo. No entanto, passados três meses e após testemunharem atitudes e falas machistas e misóginas por parte dos gays, as lésbicas criaram um subgrupo dentro do Somos denominado Facção Lésbica Feminista ou apenas LF.

Todavia, conscientes das tensões vividas internamente no Somos e convictas de que determinadas particularidades na luta por mais direitos pelas lésbicas precisavam de um foco melhor definido na afirmação da identidade lésbica, em 1980 as lésbicas se separaram do Somos e fundaram o Grupo de Ação Lésbica-Feminista (GALF).

Entre as várias ações que o GALF desempenhou, uma das mais relevantes e duradouras foi a criação do jornal Chanacomchana, cujo número zero circulou em 1981.

Rosely Roth posa com a edição 7 do jornal Chanacomchana.

“A publicação era produzida de forma independente e artesanal pelos membros do grupo e circulou dentro dos guetos lésbicos até o ano de 1987. Alcançou, assim como o Lampião, escala nacional de distribuição, evidenciando a lacuna deixada pela mídia tradicional de representatividade LGBT”, como informa Carolina Torres.

Rosely Roth no Levante do Ferro’s Bar.

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