“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!”.
Entendeu alguma coisa? Não? Vem, a gente te explica.
O dialeto Pajubá tem origem na fusão de termos da língua portuguesa com termos extraídos dos grupos étnico linguísticos nagô e iorubá — que chegaram ao Brasil com os africanos escravizados originários da África Ocidental — e reproduzidos nas práticas de religiões afro-brasileiras.
Durante o período da ditadura militar, o Pajubá passou a ser usado também como código entre travestis e posteriormente adotado por toda comunidade LGBTQIAP+ como meio de enfrentar a repressão policial e despistar quem não fazia parte da comunidade. Atualmente a língua não é mais amplamente utilizada.
Tanto no candomblé como na comunidade LGBTQIAP+, a palavra “Pajubá” ou ‘Bajubá” tem o significado de “fofoca”, “novidade”, “notícia”.
Alguns termos do Pajubá
Aja Gangun: Velho
Amapô: Mulher
Aqüé/Acue: Dinheiro
Aquendar: Guardar ou Olhar
Bôla: Lésbica
Cafuçu: Homem de origem simples, forte e bonito.
Chanam: Cigarro
Dundum: Negro
Édi: ân*
Elza: Roubar/”Fazer a Elza”
Equê: Mentira
Exu: Homem feio
Gongar: Falar mal
Hassô: Arrasou
Ilê: Casa
Inhaííí: E aí!
Mati: Pequeno
Naja: Pessoa fofoqueira
Neca: Pint*
Óco: Homem
Ódara: Excitado
Ótim: Bebida Alcóolica
Picumã: Cabelo
Uó: Algo ruim, desinteressante
Xoxar: Chamar à atenção, reemprender
Conte nos comentários quais outros termos do Pajubá que vocês conhecem.