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Por que a nossa comunidade LGBTQIAP+ não é verdadeiramente unida?

Desde o nascimento da Anda constatamos um fato que talvez você também já tenha notado, infelizmente, a nossa comunidade LGBTQIAP+ não se apoia tanto quanto poderíamos. Por que será que isso acontece?

Ao refletirmos a respeito, percebemos diversos fatores que podem justificar essa “desunião” mas dois deles chamam à atenção: o ego e a competição improdutiva.

Tanto sob o aspecto individual quanto coletivo (que é o nosso caso enquanto empresa LGBTQIAP+) sabemos que nós, seres humanos, lidamos diariamente com o nosso ego e tudo bem! O problema nasce quando esse ego não permite que possamos crescer juntos.

Sabe aquela história? Ao invés de estarmos competindo para ganhar do outro time (aquele que nos desrespeita) ficamos aqui brigando entre nós. Pois é, no fim do jogo, quem sai perdendo de fato é o time mais fraco.

Infelizmente, para muitos o ego parece sempre maior à tudo o que a nossa comunidade LGBTQIAP+ vivencia diariamente, no entanto, na sua essência ele é um só um cara medroso (em alguns caso, até mesmo invejoso e mesquinho) que certamente, sozinho, tem muito pouco a contribuir na nossa evolução como comunidade.

Usando um exemplo prático do nosso dia a dia aqui na Anda, já perdemos as contas do número tentativas de nos conectar a diversos outros projetos da nossa comunidade LGBTQIAP+ no país e claramente, não conseguimos, simplesmente por conta do ego das pessoas que estão nos bastidores.

Constantemente construímos projetos com real potencial de mudanças significativas na vida de todos nós que necessariamente precisam de uma construção coletiva mas que sempre ouvimos um não (com aquele toque do ego) ou somos ignorados. Também lidamos com o nosso ego mas sempre buscando entender até onde ele pode ir.

Já a competição improdutiva é o ambiente ideal que o ego precisa para deixar a dinâmica ainda mais cruel.

Nas tribos da nossa comunidade ainda é muito comum celebrar o gay que não é afeminado, a pessoa queer mais exótica, a trans mais feminina, quem beijou mais na balada, matchs do Tinder e por aí vai.

Sabemos que essa mesma competição também existe com pessoas héteros, no entanto, elas não precisam se preocupa, por exemplo, com qual roupa sair para não apanhar nas ruas!

Se entrarmos no mérito das principais razões (na maioria bem fúteis) pelas quais competimos enquanto comunidade LGBTQIAP+, tudo fica bem pior.

Se talvez investigarmos melhor onde nasce esse senso de competitividade imaturo ou ego inflado, que pode passar desde o nosso histórico coletivo de inferioridade até mesmo nos produtos midiáticos (músicas, novelas, filmes, realitys e etc), possamos usá-los como ferramentas para mudar a lógica atual de destruição para construção.

O fato é que enquanto estivermos nos violentando, para os outros, fica ainda mais fácil continuar nos matando.

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