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0s 3 armários da nossa comunidade LGBTQIAP+

“Sair do armário” sempre esteve associado somente a ideia de tornar público a nossa condição (não escolha) de ser quem nós somos. No entanto, conscientes ou inconscientemente, sabemos que este processo não passa apenas por uma exposição coletiva, mesmo para pessoas que dizem ter sido “tranquilo” se assumir.

Reconhecemos que atualmente o “armário” não deveria nem mesmo ser uma pauta, afinal nenhum hétero precisa sair do armário, porém, enquanto comunidade LGBTQIAP+, na prática, sabemos que o sigilo ainda nos permeia, mesmo que para alguns isso não seja um problema (afinal, é uma escolha), não precisamos nem dizer o que acontece quando não se joga luz sobre qualquer assunto dentro de uma sociedade, seja onde for.

Nosso convite para reflexão explora 3 armários figurativos que a maioria de nós certamente já saiu ou ainda estamos no processo de saída. Nos próximos exemplos, a ordem dos fatores, podem sim alterar os “armários”.

Armário 1 – Psicológico

Antes de se assumir publicamente, naturalmente é preciso se assumir para nós mesmos.

Por diversos fatores (religiosos, culturais e etc), ao nos entendermos como pessoas “diferentes” das demais, processo este que para a maioria tem diversos níveis de dores, naturalmente começamos a buscar soluções no campo piscológico e claro, no religioso (especialmente nos países onde a religião é um pilar fundamental da construção da mentalidade coletiva, que é o caso do Brasil, por exemplo).

Se assumir neste primeiro armário, sem dúvidas, é um ato de coragem, amor próprio e especialmente de autoconhecimento e aprofundamento sobre tudo que permeia a nossa comunidade LGBTQIAP+.

Armário 2 – Sexual

Acompanhado ou não do Armário 1, o sexo naturalmente tem o seu peso na nossa identidade enquanto comunidade.

Muitos podem ou já usaram as experiências sexuais justamente como artifício de “autenticação”, uma prova para dizer se fazemos parte da comunidade LGBTQIAP+ ou não. Sem entrar no mérito se este é um caminho certo ou errado (afinal não cabe julgamentos neste processo), não deveria existir nenhuma carga no momento em que tudo deveria ser muito gostoso.

Obviamente, para muitos, não é preciso uma validação sexual para dizer quem nós somos, no entanto, também não a de se negar que talvez ainda exista um processo de aprendizado para alcance da “plenitude sexual”, geralmente, não é tão simples se reconhecer como parte da comunidade e já sair transando com toda uma expertise. Sair do armário sexualmente falando, também pode exigir coragem e claro, levar tempo. Um tempo que é de cada um.

Armário 3 – Social
O mais conhecido, que é quando existe o reconhecimento coletivo de quem nós somos.

Alguns querem gritar para todos os cantos e outros preferem escolher a dedo quem precisa saber, indiferente da forma, só é preciso uma coisa: respeito.

Aqui vale ressaltar a violência que é tirar o outro do armário sem consentimento, justamente por conta dos dois armários anteriores mas especialmente por fatores individuais, alguns que podem até mesmo colocar a vida do outro em risco.

Sua Vez
Contem para a gente se você já saiu de todos esses armários (ou se nem mesmo existam mais armários) e claro, como foram ou têm sido as suas experiências frente ao sigilo.

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