Odiados mas desejados
Não tem respeito mas querem o nosso dinheiro. Provavelmente você já deve ter ouvido falar do “Pink Money”, o termo se refere ao nosso poder econômico enquanto comunidade LGBT+ e seu impacto nas decisões de consumo. À medida que a sociedade avança em direção à inclusão e à igualdade (mesmo que a passos bem lentos), as empresas de pessoas héteros estão percebendo a importância de nos conquistar, mesmo não gostando.
Hipnose Hétero
Embora muitos ainda estejamos longe de ter uma vida financeira confortável, outra parcela considerável têm uma renda per capita acima da média (em relação as pessoas hétero, por exemplo), portanto, as empresas reforçam suas estratégias de marketing específicas para nos atrair, daí vem de tudo: desde campanhas com “casais homoafetivos margarina” até o clássico arco-íris nos produtos.
Nós sabemos o que vocês querem
Sem entrar no mérito “brega” dos materiais produzidos, afinal na maioria das vezes são heteros tentando falar com a gente, existem diversos fatores já bem conhecidos por nós e que em alguma medida, já nos soam até mesmo, sínicos – são eles: O “sumiço” antes e depois de Junho, a falta de profissionais LGBT+ trabalhando em posições importantes dentro das empresas e claro, a total falta de propósitos que possam contribuir verdadeiramente à nossa comunidade. Claro, não dá para generalizar, certamente existem marcas que de fato estão do nosso lado mas infelizmente, ainda são minorias.
Uma luz no fim do túnel
O pior, é que mesmo sabendo de todo este cenário, não conseguimos diferenciar as empresas que estão genuinamente nos apoiando e no fim, a nossa economia enquanto pessoas LGBT+, acabam indo para pessoas que se quer sabem quem nós somos e pelo o que passamos. Por isso, em breve, iremos lançar um shopping online onde empresas e empreendedores (de qualquer tamanho) que façam parte da nossa comunidade LGBT+ do país, possam vender seus produtos e serviços de forma prática, rápida e segura.
Nosso dinheiro, nossa comunidade.
Além do nosso interesse em nos monetizar (zero hipocrisia), entendemos que o “Pink Money” não é apenas sobre consumo, mas também sobre o nosso poder LGBT+ frente a um sistema que ainda não nos respeita. Se giramos a economia, que façamos isso para com os nossos.
