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Darcy Penteado

Alguns personagens são fundamentais para entender o processo de formação e consolidação de uma consciência LGBTQIA+ brasileiro. O artista plástico, cenógrafo, ilustrador, escritor e ativista Darcy Penteado (São Roque, 1926 – São Paulo, 1987) é um deles.

Darcy Penteado em entrevista para a revista Visão (5 nov. 1986).

Oficialmente, sua estreia nas artes se deu em 1948, na Exposição dos Novíssimos, em São Paulo. Ele é considerado o iniciador da arte homoerótica brasileira. Seus desenhos são delicados, com uma forte marca de sensualidade. Penteado participou de diversas exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.

Nas décadas de 1950-1960, Penteado atuou como cenógrafo em diversas peças teatrais em São Paulo.

Sua estreia na literatura se deu com o livro de contos A meta (1976), seguido de Crescilda e os espartanos (1977), Teoremambo (1979), Nivaldo e Jerônimo (1981) e Menino insone (1983).

Darcy Penteado em reportagem da revista Isto É (22 jan. 1986)

Ao longo de toda a sua trajetória artística e face à projeção que ganhou, Darcy Penteado nunca se manteve recolhido no armário. Em paralelo à sua carreira artística, ele formou uma consciência de ativismo que foi se exteriorizando ao longo dos anos 1960-70, culminando em sua participação no Conselho Editorial do jornal Lampião da Esquina e alcançando seu ápice no envolvimento, na dedicação e mobilização para desenvolver ações de apoio às pessoas com HIV no início dos anos 1980, a partir da disseminação da epidemia de HIV/Aids no Brasil. Em São Paulo, Darcy Penteado não mediu esforços para promover ações de apoio e cuidado às pessoas soropositivas, tornando-se uma voz ativa na reivindicação e proteção desses direitos, bem como no apoio à população de travestis.

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